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quarta-feira, 22 de maio de 2013

História da Santa Rita de Cássia




Os pais de Santa Rita, Antônio Lotti e Amata Ferri, formavam um casal exemplar e eram conhecidos pelos seus amigos como “pacificadores de Jesus Cristo”.Gozavam de imenso prestígio e autoridade no meio daquela gente, por suas virtudes. Sua ocupação diária era visitar os vizinhos mais necessitados, levando a eles ajuda espiritual e material.Para que sua felicidade fosse completa, faltava ao casal um filho. Apesar da idade avançada de Amata (62 anos).

Deus atendeu às suas preces: conta a história que um anjo apareceu a ela e lhe revelou que daria à luz uma menina que seria a admiração de todos, escolhida por Deus para manifestar os seus prodígios. Em 1381, nasceu esta admirável criatura, que foi batizada Santa Maria dos Pobres, em Cássia, porque o pequeno povoado de Roccaporena teve uma pia batismal somente em 1720.

O nome de Rita, diminutivo de Margherita, foi revelado pelo anjo, com o qual a Santa se tomou conhecida para sempre. Quando Antônio e Amata iam trabalhar nos campos, colocavam sua filhinha num cesto de vime e abrigavam-na à sombra das árvores. Um dia, a criança sonhava, com os olhos voltados para o céu azul, quando um grande enxame de abelhas brancas a envolveu, fazendo um zumbido especial. Muitas delas entravam em sua boca e aí depositavam mel, sem a ferroar, como se não tivessem ferrões. Nenhum gemido da criança para chamar seus pais; ao contrário, dava gritinhos de alegria. Enquanto isso, um lavrador que estava próximo feriu-se com uma foice, dando um grande talho na mão direita.

Dirigindo-se imediatamente para Cássia, a fim de receber os necessitados cuidados médicos, ao passar perto da criança viu as abelhas que zumbiam ao redor de sua cabeça. Parou e agitou as mãos para livrá-las do enxame.
No mesmo instante, sua mão parou de sangrar e o ferimento se fechou. Gritou de surpresa, o que chamou a atenção de Antônio e Amata que acorreram ao local.

O enxame, por alguns instantes disperso, voltou ao seu lugar e mais tarde, quando Rita foi para o mosteiro de Cássia, as abelhas ficavam nas paredes do jardim interno.

Este fato é relatado pelos biógrafos da santa e transmitido pelas tradições e pinturas que a ele se referem. A Igreja, tão exigente para aceitar as tradições, insere esta circunstância nas lições do Breviário. Tendo atribuído o nascimento de Rita a um milagre, seus pais também atribuíram este acontecimento a um prodígio.


A Infância e a Juventude

Rita era para seus pais um precioso dom concedido à sua fé e orações. Analfabetos,procuravam transmitir à criança seus conhecimentos da vida de Nosso Senhor Jesus Cristo, da Santa Virgem Maria e dos santos populares.Apenas chegara à idade da razão, apareceram em Rita os primeiros sinais de virtude que, sob influência da graça divina, ia-se desenvolvendo em sua bela alma. Rita era um anjo, dócil, respeitosa e obediente para com seus velhos pais. Os ensinamentos que eles lhe davam levaram-na a decidir consagrar a sua virgindade a Jesus Cristo. 

Gostava tanto da vida retirada que seus pais lhe permitiram ter um oratório dentro de casa; ali passava os dias meditando no amor de Jesus, castigando seu inocente corpo com duras penitências. Aos 16 anos, pensava no modo de confirmar definitivamente sua consagração a Jesus Cristo por meio dos votos perpétuos. Rita chegou a pedir, de joelhos, licença para entrar no convento.


Santa Rita de Cássia ou Santa dos Impossíveis

Seus pais, porém, com a idade avançada e guiados pelo amor natural, não querendo deixá-la só no mundo, resolveram casá-la com um jovem que pedira sua mão. Que lutas, que dores para o coração dessa jovem, entre o amor à virgindade e a obediência devida a seus pais! Não tinha coragem de dar a um homem o coração que desde a infância consagrara a Deus e, por outro lado, causavam-lhe piedade seus velhos pais, muito idosos, aos quais se acostumara a obedecer nas mínimas coisas.


O Casamento

O jovem que pedira a mão de Rita se chamava Paolo di Ferdinando Mancini, descrito como um homem pervertido, de caráter feroz e sem temor a Deus, que seria capaz de provocar um verdadeiro escândalo se Rita e seus pais não aceitassem esse casamento. Assim, Rita se viu obrigada a se casar. Quanto padeceu ela no longo período de 18 anos que viveu com seu esposo!Injuriada sem motivo, não tinha uma palavra de ressentimento; espancada, não se queixava e era tão obediente que nem à Igreja ia sem a permissão de seu brutal marido.A mansidão, a docilidade e prudência da esposa, porém, suavizaram aquela rude impetuosidade, conseguindo transformar em manso cordeiro aquele leão furioso. Fernando não pôde resistir a tanta abnegação e mudou completamente de vida, tornando-se um marido respeitoso. Rita sentia-se muito feliz por ver seu marido convertido ao bom caminho. 

Sentia-se feliz por educar nos princípios da religião os dois filhinhos que o céu lhe dera: Giovanni Tiago e Paolo Maria. Mas durou pouco tempo aquela felicidade de santa esposa e mãe! Quando menos esperava, seu marido foi ferozmente assassinado pelos inimigos que fez em sua vida de violência. Rita tomou todas as providências para um sepultamento digno para seu marido. Praticou, ainda, o supremo ato de perdoar os seus assassinos.

Refeita da primeira dor causada pela morte do marido, a piedosa mulher concentrou toda sua atenção e solicitude em seus dois filhos. A mãe atenta percebia que os dois jovens apresentavam sintomas de desejos de vingança.

Quando se viu em tal situação, ela tomou uma resolução heróica e pediu a Jesus Crucificado que levasse os seus filhos inocentes, se fosse humanamente impossível evitar que tornassem criminosos.

Um após outro, caíram doentes os meninos e Rita os tratou com o máximo cuidado, velando para que nada lhes faltasse, procurando todos os remédios necessários para lhes conservar a vida.


Em Busca do Antigo Sonho

Desligada dos laços do matrimônio e dos cuidados maternais pela morte do esposo e filhos,Rita passou a se dedicar com afinco à prática das virtudes, às obras de caridade e à oração. A caridade para com o próximo era inesgotável.

Não se contentando em dar o que tinha, trabalhava com suas próprias mãos para poder dar mais. Tudo isto. Porém, não bastava para aquela alma inflamada pelo amor divino. Quando ia à cidade, ao passar diante das portas dos mosteiros onde teria podido servir a Deus com todas as suas forças, parecia-lhe que uma força interior e poderosa a atraía.


Santa Rita de Cássia ou Santa dos Impossíveis

Rita encorajou-se e resolveu fazer uma tentativa. Bateu à porta do convento
das agostinianas de Santa Maria Madalena, às quais ela tinha profunda admiração pela devoção que tinha a Santo Agostinho e por ter sido Santa Mônica, mãe de Santo Agostinho, seu modelo nos diversos estados de vida e tão parecida com ela no sofrimento, portas dos mosteiros onde teria podido servir a Deus com todas as suas forças, parecia-lhe que uma força interior e poderosa a atraía.

Expôs à superiora do convento o seu ardente desejo. Seu aspecto humilde e piedoso causou excelente impressão na religiosa; mas o convento, que somente recebia jovens solteiras, jamais havia aberto suas portas a uma viúva, e a pobre mulher se viu rejeitada.

Imaginem em que estado de alma Rita voltou a Roccaporena. Voltou às suas orações e boas obras e, tendo retomado a confiança, voltou ainda por duas vezes à porta do mosteiro de Santa Maria Madalena, sofrendo duas novas rejeições. Rita se abandonou à vontade de Deus, recomendando-se mais do que nunca a seus santos protetores. Quando Deus a viu perfeitamente resignada e confiante, teve compaixão dela e, uma noite, quando estava em oração, ouviu chamar: “Rita!Rita!”. Ela não viu ninguém e, pensando ter se enganado, voltou às suas orações. Mas, pouco depois, ouviu novamente: “Rita!Rita!”. Levantando-se, abriu a porta e foi à rua.

Eram 3 homens e Rita não tardou a reconhecê-los: eram seus protetores São João Batista, Santo Agostinho e São Nicolau de Tolentino, que a convidaram para seguí-los. Em êxtase, como num sonho, ela os seguiu e logo estava em Cássia, diante do convento Santa Maria Madalena. As religiosas dormiam e a porta estava bem trancada. Era impossível abri-la por meios humanos, mas os santos que Deus enviara para acompanhá-la fizeram com que ela se encontrasse no meio do mosteiro. Quando as religiosas desceram para se reunir no coro, ficaram estupefatas ao encontrar a santa mulher que tinha sido insistentemente rejeitada.

Como entrara ela, se o mosteiro estava completamente fechado e não havia sinal algum de abertura ou arrombamento?

“Sou eu mesma- dizia, chorando- aquela que tantas vezes pediu para entrar aqui e não me aceitastes como digna de tanta felicidade! Santas esposas de Jesus; sabei como a divina Majestade me fez este singular favor, enviando na noite passada o Santo Precursor, acompanhado do glorioso Patriarca Santo Agostinho e S. Nicolau, meus protetores, que me trouxeram aqui de maneira milagrosa.

Eu vos rogo, por aquele Senhor que tão liberal foi comigo, que me recebais em vossa companhia”. As freiras ficaram impressionadas com o relato que Rita fez do acontecido e, diante de um milagre tão estupendo, reconheceram os desígnios de Deus e admitiram jubilosas em sua companhia aquela criatura mais angelical que humana.


A Vida no Convento

A primeira coisa que Rita fez, ao ser admitida no convento, foi repartir entre os pobres todos os bens que possuía. Para colocar à prova a obediência da noviça, a superiora do convento ordenou-lhe que regasse de manhã e à tarde um ramo de videira ressequido e já destinado ao fogo. Rita não ofereceu dificuldade alguma e, de manhã e de tarde, com admirável simplicidade, cumpria essa tarefa, enquanto as irmãs a observavam com irônico sorriso. Isso durou cerca de um ano, segundo certas biografias da santa.


Santa Rita de Cássia ou Santa dos Impossíveis

Como para voltar para casa teria que passar pelo jardim olhou e se surpreendeu ao contemplar quatro lindas rosas que se abriram entre os ramos secos. Admirada do prodígio, entrou no jardim, colheu as flores e as levou ao Convento de Cássia. Nesta época, Rita estava muito doente e morreu em 22 de Maio de 1547. No dia seguinte, seu corpo foi colocado na Igreja do Convento. Todos os habitantes da cidade foram venerar a religiosa.


Santificação e Corpo Intacto

No século XVII foi beatificada e em 24 de Maio de 1990, canonizada. 
O corpo de Santa Rita de Cássia continua conservado intacto até hoje.
Qualquer pessoa pode contempla-la na Igreja do Convento de Cássia, dentro de um relicário de cristal. Depois de tantos anos, seus membros ainda têm flexibilidade e pela expressão do rosto, parece estar dormindo.

Rita nasceu provavelmente no ano 1381 em Roccaporena, uma aldeia situada na Prefeitura de Cássia na provincia de Perugia, da Antonio Lotti e Amata Ferri. Os seus pais eram crentes e a situação econômica não era das melhores, mas decorosa e tranquila. A história de S. Rita foi repleta de eventos extraordinários e um destes se mostrou na sua infancia.

A criança, talvez deixada por alguns minutos sozinha em uma cesta na roça enquanto os seus pais trabalhavam na terra, foi circundada da um enxame de abelhas. Estes insetos recobriram a menina mas estranhamente não a picaram.

Um caipira, que no mesmo momento havia ferido a mão com a enxada e estava correndo para ir curar-se, passou na frente da cesta onde estava deitada Rita. Viu as abelhas que rodeavam a criança, começou a mandá-las embora e con grande estupor, a medida que movia o braço, a ferida se cicatrizava completamente.

A tradição nos diz que Rita tinha uma precoce vocação religiosa e que um Anjo descia do céu para visitá-La quando ia rezar em uma pequena mansarda.


Beatificação e Canonização de Santa Rita de Cássia

O culto à bem aventurada da vila de Cássia rapidamente se estendeu sobre a Itália e as nações de Portugal e Espanha, onde por causa dos milagres obtidos por sua intercessão o povo lhe deu o nome de ” Santa das Causas Impossíveis” 

Em 1628 Urbano VIII lavrou o decreto de beatificação da Santa com um especial indulto do Papa Bento XIII de 1727.

Muitos contratempos fizeram com que se protelasse a canonização, que só aos 24 de Maio de 1900 se realizou sob o pontificado de Leão XIII. Contudo, já em 1577 se erguia em Cássia uma igreja à Santa das causa desesperadas e impossíveis.

E o Brasil não foi das últimas nações em cultuá-la, porque a atual matriz de Santa Rita da arquidiocese do Rio de Janeiro, data da era remota de 1724, além desta, existem no Brasil outras igrejas dedicadas a Santa Rita, que provam que ela recebe grande veneração no coração do povo Católico Brasileiro.


As Mensagens de Santa Rita

Não existem livros, cartas ou diários escritos por Santa Rita. A sua mensagem provém de sua vida simples e heróica. Santa Rita é uma grande evangelizadora. Ela não anuncia a si mesma, mas o Senhor Jesus e a força do seu Mistério Pascal de cruz e Ressurreição. Santa Rita é a manifestação vigorosa do Espírito Santo, que fala e age também na Igreja e no mundo de hoje.


1. Mensagem ás Mulheres

Santa Rita, antes de mais nada, quer transmitir sua mensagem às mulheres de todas as idades e condições, porque ela conhecer pessoalmente os papéis femininos de filha, esposa, mãe, viúva e religiosa. Santa Rita anuncia à mulher, o evangelho da liberdade, liberdade der ser ela mesma, de defender a própria dignidade e a de quem é mais fraco.

Ela proclama o evangelho da interioridade, porque sem esta, não existe liberdade, e as coisas passageiras podem facilmente seduzir e escravizar o coração. Santa Rita encarna o evangelho do serviço, porque somente quem perde a própria vida por amor a encontra verdadeiramente.


2. Mensagem aos Cônjuges

Santa Rita anuncia aos esposos o evangelho da fidelidade ao próprio cônjuge.
Ela proclama o evangelho do perdão, porque quem erra anda errante e somente será ajudado se não for condenado por nós.


3. Mensagem aos Pais

Aos pais, Santa Rita anuncia o evangelho da coerência, porque, de fato, só se é educador pelo exemplo.Ela anuncia o evangelho da confiança, para que, a família, egoisticamente, não se feche ao futuro e não destrua a vida.
Ela proclama o evangelho da oração, porque abrir-se a Deus, significa construir a própria família sobre a rocha.


4. Menssagem aos Jovens

Santa Rita se dirige aos jovens de hoje como uma mãe aos próprios filhos.
Ela anuncia aos jovens o evangelho da esperança, porque a vida tem sentido, porque Deus nos ama e não nos deixa sozinhos.

Ela proclama o evangelho da obediência, porque somente partindo da humildade se constroem grandes coisas Santa Rita anuncia aos jovens o evangelho da generosidade, porque com esforço próprio pode-se superar a lógica do ódio e da violência.


5. Mensagem a Quem Sofre

A quem sofre Santa Rita anuncia o evangelho da proximidade do Deus Crucificado, Consolador e Salvador. Ela proclama o evangelho da fortaleza em carregar a própria cruz junto a Cristo.
Santa Rita encarna o evangelho da compaixão, porque sofre com quem sofre e socorre todo sofrimento com a sua poderosa intercessão.


6. Mensagem aos Consagrados

À pessoa consagrada (religiosos e religiosas) Santa Rita anuncia o evangelho da alegria que surge da doação total a quem vale muito mais do que o cêntuplo: o Senhor Jesus.

Ela proclama aos consagrados o evangelho da comunhão, porque na tensão em configurar-se a Cristo “não mais exista homem ou mulher, e todas as divisões sejam superadas”.


Enfim, a todas as pessoas que encontra, Santa Rita anuncia o evangelho da paz universal, para que sejamos todos sempre irmãos e irmãs, filhos e filhas do mesmo Pai.


Fonte de Pesquisa: www.portalsaofrancisco.com.br





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