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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

A proliferação de seitas protestantes e orientais




"A fumaça de satanás dentro da Igreja"

O Papa Paulo VI afirmou ter a sensação de que a fumaça de satanás havia penetrado na Igreja, na qual, segundo o mesmo Pontífice, "alguns praticam a autocrítica, dir-se-ia até a autodemolição" Em outras palavras, a turbulência a que nos referimos, o terremoto atinge a própria barca de Pedro. "Fumaça de satanás", "autodemolição"!, alerta Paulo VI.

Face a essa situação, ficam os bons sacerdotes obrigados a dar assistência a uma grande quantidade de povo e não dão conta de tudo. Além disso -- é com muita dor que o digo -- infelizmente também existem padres que, envolvidos pela voragem do mundo moderno, dão escândalos, quer pregando quase unicamente a revolução social, quer violando seus sagrados votos e coonestando o desenfreado permissivismo de nossos dias no campo dos costumes. Com isso estes fiéis se sentem órfãos, escandalizados pelo que vêem. "Fumaça de satanás"... "autodemolição"...

Sem uma Fé firme, que os ajude a distinguir a parte humana da Igreja, daquilo que é instituição divina, os fiéis começam a dar ouvidos aos lobos com pele de ovelha, que apresentam soluções falaciosas, que não valem nada, mas que iludem, seduzem e desviam as almas da verdadeira Igreja.

Daí essa proliferação de seitas protestantes e orientais -- às centenas! -- que em outras épocas jamais teriam a audiência dos católicos no Brasil. Pois estava impressa na alma católica a verdade de Fé divina de que "fora da Igreja para ninguém pode haver salvação" (Denzinger – Umberg, 430). Tal verdade era também realçada nos cursos de Teologia nos Seminários, e constantemente pregada nos púlpitos

Os crentes não têm autoridade alguma!

O que dizer a respeito desses protestantes?

Como acreditar em homens que, embora tendo nos lábios citações da Bíblia, interpretam-na a seu bel-prazer, baseados num livre exame arbitrário e gratuito, desconhecendo e negando o único e autêntico Magistério, instituído por Nosso Senhor Jesus Cristo e confiado a São Pedro e aos Apóstolos para a genuína interpretação das Sagradas Escrituras?

Ao afirmarem que só Nosso Senhor Jesus Cristo salva e que é o único Medianeiro, os protestantes repetem um ensinamento da Igreja, mas que não tem o caráter frio, exclusivista e distorcido que eles comunicam a essa verdade.

Ele é o Medianeiro único no sentido de que, sem Ele, não teria havido a Redenção, uma vez que só um Homem-Deus poderia reparar à altura o pecado cometido contra o próprio Deus por nosso pai comum, Adão.

Mas isso não quer dizer que, junto a Ele, também não existam outros medianeiros. E sobretudo a Medianeira por excelência, que é sua Mãe Santíssima, obra-prima da criação na qual Deus, depois da Humanidade Santíssima do Divino Filho, colocou todas as suas complacências.

Os protestantes não percebem que, negando a mediação de Nossa Senhora e dos Santos, eles estão negando a própria ordem natural criada por Deus, que é esplendidamente escalonada, dando mais a uns que a outros, para que todos os reinos do universo refletissem a indescritível policromia de suas perfeições. De sorte que os que têm mais, ou sejam mais perfeitos, sirvam não só de sustentáculos ãos que têm menos, mas também de "medianeiros" junto ãos superiores de ambos.

Esses mesmos protestantes, quando se trata, não de matéria de Fé, mas digamos, de negócios, esquecem-se de suas concepções frias e hirtas, e vão atrás de "medianeiros". Por exemplo, são capazes de dizer: "Vou conversar com fulano, para ele ME CONSEGUIR um emprego na firma tal. Vou pedir para ele INTERCEDER junto ao diretor, que é amigo dele". O que é isso, senão uma relação de mediação? É a ordem natural! É a Sabedoria e Providência de Deus!

Por que então não vale essa regra para a vida sobrenatural? Vê-se que os hereges caem na maior contradição e não vêem a realidade que transparece com tamanha evidência. Quando não são subjugadas, as paixões cegam e levam à obstinação.

Como explicar o ódio dos protestantes a Nossa Senhora?

Exemplo marcante de tal ódio foi a fúria com que um desses hereges se lançou contra uma imagem de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, diante das câmaras de televisão, por ocasião de sua festividade, em 12 de outubro de 1995. Fato este comentado por Catolicismo em sua edição de janeiro de 1996.

Qualquer filho vendo uma outra pessoa odiar sua própria mãe, se acenderia em santa cólera. Então, como esperar agradar a Nosso Senhor Jesus Cristo, votando desprezo e ódio a Nossa Senhora, sua verdadeira e excelsa Mãe? Não vêem que o amor e a veneração a um não excluem o amor e a veneração ao outro?

Só há uma diferença: tal amor e veneração, quando se trata do Homem-Deus, chama-seadoração. É o culto de latria. Quando se trata de Nossa Senhora, denomina-se hiperdulia, que é um grau abaixo. E, quando se trata de santos, intitula-se culto de dulia.

Nosso Senhor Jesus Cristo, o Divino Verbo Encarnado, que mandou "honrar pai e mae" no 4º Mandamento, veria com bons olhos quem desprezasse Nossa Senhora, sua excelsa Mae, que foi Virgem antes, durante e depois do parto?

Na concepção protestante, tudo está torto, errado. Tudo é frio, sem alma, sem vida. Pregam a letra -- quando pregam! -- do Evangelho, mas perderam o espírito deste. E "a letra mata, mas o espírito vivifica"!

Côn. José Luiz Villac

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