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sábado, 29 de dezembro de 2012

Maria cumpre suas obrigações



                                                                             Raffello Sanzio  Madonna and the Child  1503


Nem sempre cumprir uma obrigação é uma tarefa fácil e agradável.
Vejamos o que aconteceu com Maria no quadragésimo dia do nascimento de Jesus, quando Ele foi levado ao Templo para ser apresentado ao Senhor.
Maria havia cumprido os quarenta dias para sua purificação e, conforme está escrito na Lei, todo primogênito do sexo masculino será consagrado ao Senhor.
Ela, ao cumprir essa obrigação, com muito amor, como de costume, não pensou que ali fosse receber uma notícia que a faria carregar por toda a sua vida um sofrimento atroz.
Em Jerusalém vivia um homem piedoso e justo chamado Simeão. O Espírito do Senhor estava com ele. Pelo próprio Espírito Santo ele teve uma revelação divina de que não morreria sem ver o Ungido de Deus.
Simeão, quando viu Maria e José com o Menino Jesus, tomou-o nos braços e louvou a Deus. Eles ficaram admirados com o que ouviram, pois ninguém conhecia o mistério que havia naquela família e principalmente naquele Menino e, no entanto, ele era saudado por muitas testemunhas inspiradas pelo Espírito Santo.
Simeão, porém, depois de louvá-lo e abençoar o casal, disse a Maria: Este menino será causa de queda e de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição – e a ti, uma espada traspassará tua alma!
Esses dois pronunciamentos de Simeão revelam a salvação de todos por meio de Jesus, e a necessidade do sofrimento, que fará parte da sua missão.
Nesse momento, a sombra da Cruz cai sobre a Sagrada Família.
Maria não entendeu, mas se entregou.
O que isso representa na nossa vida e na vida de todos os seguidores de Jesus?
A obediência no cumprimento da Palavra de Deus não pode ser abalada quando encontra o sofrimento; aliás, ele faz parte da missão dos seguidores de Jesus.
“Maria não se considera dispensada do cumprimento da Lei de Moisés, embora – como é evidente – pudesse muito bem se considerar isenta. Por acaso Aquele que era o próprio Deus tinha de ser apresentado a Deus?”
Ainda não era o momento de se revelar o mistério. Só Deus saberia a hora certa e a ocasião de o próprio Jesus se revelar.
A obediência ao dever prescrito pela religião lhes alegrava o coração, porém ainda não suspeitavam que o mistério de alegria que carregavam viria a ser acompanhado de um trágico prenúncio de sofrimento e dor.
Jesus, o Messias aguardado, seria rejeitado por parte da nação que há tanto tempo esperava o Salvador.
Ele, o próprio Deus, o puro Amor, o Messias esperado, foi rejeitado e amado por muitos.
E nós?
Somos chamados a seguir Jesus e essa é a nossa missão primeira em todos os lugares, em todos os momentos.
Como tem sido o seu cumprimento, o nosso cumprimento dessa missão?
Seguir Jesus é acatar e obedecer ao que Ele nos chama, mesmo que seja por meio de uma outra pessoa.
Estejamos atentos!
Maria soube obedecer a Deus, cumprindo, mesmo nas tribulações e dificuldades, as ordens que a própria vida lhe impunha, e muito sofreu, mas o Filho de Deus a seu lado era o seu conforto e consolo.
Aí está o detalhe mais importante da vida de Maria: FOI COM JESUS AO SEU LADO QUE PÔDE SUPORTAR AS DORES NAS TRIBULAÇÕES.
Maria nos leva até Jesus. Ela nos quer junto Dele para que, a seu exemplo, possamos cumprir as nossas obrigações com o coração cheio de Amor, que é o próprio Jesus em cada um de nós, pois é Ele quem nos sustenta e fortalece.
O Senhor é a força do seu povo, uma fortaleza de salvação para o que lhe é consagrado.
Maria quer nos consagrar no coração do Senhor. Deixemos que ela nos guie para perto de seu Filho amado!

Rachel Lemos Abdalla


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