Eloquente texto escrito pelo maior cientista do século XX...
"A opinião comum de que sou ateu repousa sobre grave erro. Quem a pretende deduzir de minhas teorias científicas não as entendeu.
Creio em um Deus pessoal e posso dizer que, nunca, em minha
vida, cedi a uma ideologia ateia.
Não há oposição entre a ciência e a
religião.
Apenas há cientistas atrasados, que professam idéias que datam de 1880.
Aos dezoito anos, eu já considerava
as teorias sobre o evolucionismo mecanicista e casualista como
irremediavelmente antiquadas.
No interior do átomo não reinam a
harmonia e a regularidade que esses cientistas costumam pressupor. Nele se
depreendem apenas leis prováveis, formuladas na base de estatísticas
reformáveis.
Ora, essa indeterminação, no plano da matéria, abre lugar à intervenção de uma Causa, que produza o equilíbrio e a harmonia dessas reações dessemelhantes e contraditórias da matéria.
Ora, essa indeterminação, no plano da matéria, abre lugar à intervenção de uma Causa, que produza o equilíbrio e a harmonia dessas reações dessemelhantes e contraditórias da matéria.
Há, porém, várias maneiras de se
representar Deus. Alguns o representam como o Deus mecânico, que intervém no
mundo para modificar as leis da natureza e o curso dos acontecimentos. Querem
pô-lo a seu serviço, por meio de fórmulas mágicas. É o Deus de certos
primitivos, antigos ou modernos.
Outros o representam como o Deus jurídico, legislador e agente policial da moralidade, que impõe o medo e estabelece distâncias. Outros, enfim, como o Deus interior, que dirige por dentro todas as coisas e que se revela aos homens no mais íntimo da consciência.
Outros o representam como o Deus jurídico, legislador e agente policial da moralidade, que impõe o medo e estabelece distâncias. Outros, enfim, como o Deus interior, que dirige por dentro todas as coisas e que se revela aos homens no mais íntimo da consciência.
A mais bela e profunda emoção que se
pode experimentar é a sensação do místico. Este é o semeador da verdadeira
ciência; Aquele a quem seja estranha tal sensação, aquele que não mais possa
devanear e ser empolgado pelo encantamento, não passa, em verdade, de um morto.
Saber que realmente existe aquilo que
é impenetrável a nós, e que se manifesta como a mais alta das sabedorias; A
mais radiosa das belezas, que as nossas faculdades embotadas só podem entender
em suas formas mais primitivas. Esse conhecimento, esse sentimento, está no
centro mesmo da verdadeira religiosidade.
A experiência cósmica religiosa é a
mais forte e a mais nobre fonte de pesquisa científica. Minha religião consiste
em humilde admiração do espírito superior e ilimitado que se revela nos menores
detalhes que podemos perceber em nossos espíritos frágeis e incertos. Essa
convicção, profundamente emocional na presença de um poder racionalmente
superior, que se revela no incompreensível, é a ideia que faço de
Deus."
Albert Einstein
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