A incredulidade de Tomás, Caravaggio, Bildergalerie, Potsdam-Sanssoucis
A RESSURREIÇÃO DE JESUS: O QUE DIZEM OS ESTUDIOSOS?
Gary Habermas
completou a mais ampla investigação já feita até o momento sobre o que os
estudiosos acreditam a respeito da ressurreição de Jesus. Habermas reuniu mais
de 1.400 obras dos eruditos mais críticos que falam sobre a ressurreição de
Jesus, escritas de 1975 a 2003. Na obra The Risen Jesus and Future Hope [O
Jesus ressurreto e a esperança do futuro], Habermas expõe que quase todos
os estudiosos, independentemente do espectro ideológico — desde os ultra
liberais até os conservadores defensores da Bíblia -, concordam que os pontos a
seguir, todos relacionados a Jesus e ao cristianismo, são fatos históricos
reais:
1. A
morte de Jesus deu-se por meio da crucificação romana.
2. Ele
foi sepultado, muito provavelmente, num túmulo particular.
3. Pouco
tempo depois, os discípulos ficaram desanimados, desolados e desacorçoados,
tendo perdido a esperança.
4. O
túmulo de Jesus foi encontrado vazio pouco tempo depois de seu
sepultamento.
5. Os
discípulos tiveram experiências que acreditaram ser aparições reais do Jesus
ressurreto.
6.
Devido a essas experiências, a vida dos discípulos foi totalmente transformada.
Depois disso, até mesmo se dispuseram a morrer por sua crença.
7. A
proclamação da ressurreição aconteceu logo de início, desde o começo da história
da igreja.
8. O
testemunho público e a pregação dos discípulos sobre a ressurreição de Jesus
aconteceram na cidade de Jerusalém, onde Jesus fora crucificado e sepultado
pouco tempo antes.
9. A
mensagem do evangelho concentrava-se na pregação da morte e da ressurreição de
Jesus.
10. O
domingo passou a ser o principal dia de reunião e adoração.
11.
Tiago, irmão de Jesus e cético antes desse evento, converteu-se quando acreditou
que também vira o Jesus ressurreto.
12. Poucos
anos depois, Saulo de Tarso (Paulo) tornou-se cristão devido a uma experiência
que ele também acreditou ter sido uma aparição do Jesus ressurreto.
A aceitação
desses fatos faz sentido à luz daquilo que vimos até aqui. As evidências nos
demonstram os pontos a serem apresentados a seguir.
A história do
Novo Testamento não é uma lenda. Os documentos do NT foram escritos exatamente
dentro de um período de duas gerações, com base nos eventos, pelas testemunhas
oculares ou por seus contemporâneos. A seqüência da história do NT é corroborada
por escritores não-cristãos. Além disso, o NT menciona pelo menos 30 personagens
históricas que foram confirmadas por fontes externas ao NT. Portanto, a história
do NT não pode ser uma lenda.
A história do
Novo Testamento não é uma mentira. Os autores do NT incluíram detalhes
divergentes e embaraçosos, dizeres difíceis e exigentes e fizeram cuidadosa
distinção entre as palavras de Jesus e suas próprias palavras. Eles também se
referiram a fatos e a testemunhas oculares que seus leitores já conheciam ou
poderiam verificar. De fato, os autores do NT fizeram seus leitores e os mais
destacados inimigos do século I verificarem aquilo que disseram. Se isso não é
suficiente para confirmar sua fidedignidade, então seu martírio deveria remover
qualquer dúvida. Essas testemunhas oculares sofreram perseguição e morte por
causa da declaração empírica de que viram, ouviram e tocaram o Jesus ressurreto,
embora elas pudessem ter-se salvado simplesmente negando-se a dar o seu
testemunho.
A história do
Novo Testamento não é um embelezamento. Os autores do NT foram meticulosamente
precisos, conforme evidenciado pelos mais de 140 detalhes historicamente
confirmados. Registraram milagres nessas narrativas historicamente confirmadas e
o fizeram sem maquiagem aparente ou comentário teológico
significativo.
Portanto, o
Novo Testamento é verdadeiro? Se a maioria dos estudiosos concorda com os 12
fatos relacionados anteriormente porque as evidências mostram que a história do
NT não é uma lenda, uma mentira ou um embelezamento, então sabemos, acima do que
se considera dúvida justificável, que os autores do NT registraram com precisão
aquilo que viram. Por acaso isso significa que todos os acontecimentos do NT são
verdadeiros? Não necessariamente. O cético ainda tem uma questão.
A última
questão possível para o cético é que os autores do NT foram enganados.
Em outras
palavras, talvez os autores do NT estivessem simplesmente errados em relação
àquilo que pensaram ter visto. Dadas as características do NT que já revisamos
anteriormente, não parece plausível que os autores do NT tenham sido enganados
com relação a acontecimentos comuns e não miraculosos. Eles se mostraram
corretos em relação a muitos detalhes históricos. Por que duvidar de suas
observações de acontecimentos do dia-a-dia?
Mas teriam eles
sido enganados no caso de acontecimentos miraculosos como a ressurreição de
Jesus? Talvez realmente tenham crido que Jesus ressuscitara dos mortos — e, por
isso, pagaram com a própria vida -, mas estavam errados ou enganados. Talvez
existam explicações naturais para todos os milagres que julgavam ter
visto.
Os estudiosos
mais críticos ignoram isso. Considere o fato número 5 daquela lista de 12 nos
quais praticamente todos os estudiosos acreditam: "Os discípulos tiveram
experiências que eles acreditaram ser aparições reais do Jesus
ressurreto". Em outras palavras, os estudiosos não estão
necessariamente dizendo que Jesus realmente ressuscitou dos mortos (embora
alguns considerem que realmente ressuscitou). O consenso mínimo entre
praticamente todos os estudiosos é que os discípulos acreditaram que
Jesus ressuscitara dos mortos.
Para que
testemunhas oculares e contemporâneos dos acontecimentos estejam errados, é
preciso haver alguma outra explicação para a ressurreição de Jesus e os outros
milagres registrados no NT. Uma vez que a ressurreição de Jesus é o fato central
do cristianismo, vamos começar daí. De que maneira os céticos excluem a
ressurreição?
CÉTICO
QUANTO A TEORIAS CÉTICAS
Aqui estão as
explicações para a ressurreição de Jesus mais freqüentem ente apresentadas pelos
céticos.
Teoria da
alucinação. Teriam os discípulos sido enganados por alucinações?
Talvez eles
pensaram sinceramente que tinham visto o Cristo ressurreto, mas, em vez disso,
na verdade estavam experimentando alucinações. Essa teoria tem muitas falhas
fatais. Vamos abordar duas delas.
Em primeiro
lugar, as alucinações não são experimentadas por grupos, mas apenas por
indivíduos. Nesse aspecto, são muito parecidas com sonhos. É por isso que, se um
amigo lhe diz pela manhã: "Uau! Esse foi um grande sonho que nós
tivemos, não é?", você não diz "Sim, foi fabuloso! Vamos continuar hoje à
noite?". Não, você acha que seu amigo ficou louco ou que está simplesmente
fazendo uma brincadeira. Você não o leva a sério porque sonhos não são
experiências coletivas. Quem tem sonhos é o indivíduo, não grupos. As
alucinações funcionam da mesma maneira. Se existirem raras condições
psicológicas, um indivíduo pode ter uma alucinação, mas seus amigos não a terão.
Mesmo que a tiverem, não terão a mesma alucinação.
A teoria da
alucinação não funciona porque Jesus não apareceu uma única vez para uma única
pessoa — ele apareceu em dezenas de ocasiões diferentes, numa grande variedade
de cenários, para diferentes pessoas, durante um período de 40 dias.
Ele foi visto por homens e mulheres. Foi visto caminhando, falando e
comendo. Foi visto dentro e fora de lugares. Foi visto por muitos e por poucos.
Um total de mais de 500 pessoas viu o Jesus ressurreto. Elas não estavam tendo
uma alucinação ou vendo um fantasma, porque, em seis das 12 aparições, Jesus foi
fisicamente tocado e/ou comeu comida verdadeira (v. tabela 12.1).
A existência do
túmulo vazio é a segunda falha fatal da teoria da alucinação.
Se mais de 500
testemunhas oculares tiveram a experiência sem precedentes de ter a mesma
alucinação em 12 ocasiões diferentes, então por que as autoridades judaicas ou
romanas simplesmente não exibiram o corpo de Jesus pela cidade? Isso teria
desferido um golpe fatal no cristianismo de uma vez por todas. As autoridades
adorariam ter feito isso, mas, aparentemente, não puderam fazê-lo porque o
túmulo estava realmente vazio.
As testemunhas
foram ao túmulo errado. Talvez os discípulos tenham ido ao túmulo errado e,
então, presumiram que Jesus havia ressuscitado. Essa teoria também possui duas
falhas fatais.
Primeira falha:
se os discípulos tivessem ido à sepultura errada, as autoridades judaicas e
romanas teriam ido à sepultura certa e, então, teriam mostrado o corpo de Jesus
na cidade. O túmulo era conhecido pelos judeus porque era um túmulo deles
(pertencia a José de Arimatéia, membro do Sinédrio). O túmulo também era
conhecido pelos romanos porque colocaram guardas ali. Como destaca William Lane
Craig, a teoria do túmulo errado presume que todos os judeus (e os romanos)
tiveram um tipo de "amnésia coletiva' permanente em relação àquilo que eles
haviam feito com o corpo de Jesus.
ORDEM DAS DOZE APARIÇÓES DE JESUS CRISTO
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Pessoas
|
Viram
|
Ouviram
|
Tocaram
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Outras evidências
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1
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Maria Madalena (Jo 20.10-18)
|
X
|
X
|
X
|
túmulo vazio
|
2.
|
Maria Madalena e outra Maria (Mt 28.1-10)
|
X
|
X
|
X
|
túmulo vazio (e panos no sepulcro também em Lc
24.1-12)
|
3.
|
Pedro (1Co 15.5) e João (Jo 20.1-10)
|
X
|
X
|
túmulo vazio, panos no sepulcro
|
|
4.
|
Dois discípulos (Lc 24.13-35)
|
X
|
X
|
comeram com ele
|
|
5.
|
Dez apóstolos (Lc 24.36-49; Jo 20.19-23)
|
X
|
X
|
X**
|
viram as feridas,
comeram
|
6.
|
Onze apóstolos(Jo 20.24-31)
|
X
|
X
|
X**
|
viram as feridas
|
7.
|
Sete apóstolos a o 21)
|
X
|
X
|
comeram
|
|
8.
|
Todos os apóstolos (Mt 28.16-20; Mc 16.14-18)
|
X
|
X
|
||
9.
|
Quinhentos irmãos (1Co 15.6)
|
X
|
X*
|
||
10.
|
Tiago (1Co 15.7)
|
X
|
X*
|
||
11.
|
Todos os apóstolos (At 1.4-8)
|
X
|
X
|
comeram com ele
|
|
12.
|
Paulo (At 9.1-9; 1Co 15.8)
|
X
|
X
|
Segunda falha:
mesmo que os discípulos realmente tivessem ido ao túmulo errado, a teoria não
explica de que maneira o Jesus ressurreto apareceu em 12 diferentes ocasiões. Em
outras palavras, são as aparições que devem ser explicadas, e não apenas o
túmulo vazio.
Perceba que o
túmulo vazio não convenceu a totalidade dos discípulos (com a possível exceção
de João) de que Jesus ressuscitara dos mortos. Foram as aparições de
Jesus que os fizeram deixar de ser covardes assustados, fugitivos e céticos e se
transformar na maior força missionária pacífica da história. Isso é
especialmente verdadeiro com relação a um religioso inimigo do cristianismo,
Saulo (Paulo). Ele não apenas não foi convencido pelo túmulo vazio, como estava
perseguindo os cristãos logo após a ressurreição de Jesus. Foi necessária uma
aparição do próprio Jesus para transformar Paulo. Parece que Tiago, o cético
irmão de Jesus, também foi convertido depois de uma aparição de Jesus. Como
vimos, a conversão de Tiago foi tão dramática que ele se tornou líder da igreja
de Jerusalém e, mais tarde, foi martirizado nas mãos do sumo
sacerdote.
O resumo é
este: mesmo que alguém pudesse dar uma explicação natural para o túmulo vazio,
não seria suficiente como prova contrária à ressurreição. Qualquer teoria
alternativa da ressurreição também deve excluir as aparições de Jesus. A teoria
do túmulo vazio não faz nenhuma das duas coisas.
Teoria do
desmaio, do desfalecimento ou da morte aparente. Existe a possibilidade de Jesus
não ter realmente morrido na cruz? Talvez Jesus tenha simplesmente desfalecido.
Em outras palavras, ele ainda estava vivo quando foi colocado no túmulo, mas, de
alguma maneira, Jesus escapou e convenceu seus discípulos de que havia
ressuscitado dos mortos. Existem diversos erros fatais nessa teoria
também.
Primeiro erro:
tanto inimigos quanto amigos acreditaram que Jesus estava morto.
Os romanos, que
eram executores profissionais, chicotearam e bateram em Jesus de maneira brutal.
Então, depois disso, pregaram cravos rústicos em seus punhos e em seus pés e
enfiaram uma lança em seu lado. Eles não quebraram as pernas para apressar sua
morte porque sabiam que já estava morto (as vítimas de crucificação
freqüentemente morriam por asfixia porque não podiam erguer o corpo para poder
respirar. Quebrar as pernas, portanto, apressaria a morte). Além do mais,
Pilatos foi verificar para certificar-se de que Jesus estava morto, e a morte de
Jesus foi a razão de os discípulos terem perdido toda a esperança.
A técnica
brutal de crucificação romana foi verificada por toda a arqueologia e por fontes
escritas não-cristãs (v. capo 15, em que temos uma vívida descrição da
experiência da crucificação de Jesus). Em 1968, os restos de uma vítima de
crucificação do século I foram encontrados numa caverna em Jerusalém. O osso do
calcanhar desse homem tinha um prego de quase 18 cm que o atravessava, e seus
braços também mostravam evidências de pregos. A lança no coração também foi
reconhecida como uma técnica romana de crucificação pelo autor romano
Quintiliano (35-95 d.C.). Em função desse tratamento dispensado a Jesus, não é
de surpreender que as testemunhas oculares tenham pensado que ele estivesse
morto.
Não foram
apenas as pessoas do século I que acreditaram que Jesus estava morto: médicos
modernos também acreditam que Jesus realmente morreu. Escrevendo em 21 de março
de 1986, na edição do Journal of the American Medical Association, três
médicos, incluindo um patologista da Clínica Mayo, concluíram:
“Está
claro que o peso das evidências históricas e médicas indica que Jesus já estava
morto antes de receber o ferimento em seu lado e apóia a visão tradicional de
que a lança, introduzida entre as costelas do lado direito, provavelmente
perfurou não apenas o pulmão direito, mas também o pericárdio e o coração e,
portanto, garantiu sua morte. Por conta disso, interpretações baseadas na
pressuposição de que Jesus não morreu na cruz parecem não estar de acordo com o
conhecimento médico moderno'!”
Como indicamos
no capítulo anterior, o sangue e a água que saíram da ferida da lança parecem
ser outro detalhe genuíno de uma testemunha ocular, relatado pela pena de João.
Esse único fato deveria pôr fim a todas as dúvidas sobre a morte de
Jesus.
O segundo
grande erro na teoria do desfalecimento é que Jesus foi embalsamado com 34
quilos de bandagens e especiarias. É altamente improvável que José de Arimatéia
e Nicodemos pudessem ter embalsamado por engano um Jesus que ainda estivesse
vivo.
Terceiro erro:
mesmo que todo mundo estivesse errado sobre o fato de Jesus realmente estar
morto quando foi para o túmulo, de que maneira um homem gravemente ferido e
sangrando ainda estaria vivo 36 horas depois? Ele teria sangrado até morrer
naquele túmulo frio, úmido e escuro.
Quarto erro: se
ele tivesse sobrevivido ao túmulo frio, úmido e escuro, de que maneira poderia
tirar as bandagens, empurrar a pedra para cima e para fora (uma vez que estava
dentro do túmulo), passar pelos guardas romanos (que seriam mortos por permitir
uma brecha na segurança) e, então, convencer os covardes assustados, fugitivos e
céticos de que ele havia triunfado sobre a morte? Mesmo que pudesse sair do
túmulo e passar pelos guardas romanos, Jesus seria apenas uma massa mole
alquebrada e ensangüentada de homem, da qual os discípulos teriam pena, e não
alguém a quem eles adorariam. Eles diriam: "Você pode estar vivo, mas certamente
não ressuscitou. Vamos levá-lo já para um médico!".
Quinto erro: a
teoria do desfalecimento não pode explicar a brilhante aparição de Jesus a Paulo
na estrada de Damasco. O que transformou esse dedicado inimigo do cristianismo
logo depois da crucificação? Certamente não foi um ser humano normal que fora
curado de sua experiência de crucificação.
A descrição que
Paulo faz de sua conversão está registrada duas vezes no livro de Atos, que é
historicamente autenticado. No capítulo 22, Paulo fala a uma multidão judaica
hostil sobre a aparição de Cristo a ele:
"Por
volta do meio-dia, eu me aproximava de Damasco, quando de repente uma forte luz
vinda do céu brilhou ao meu redor. Caí por terra e ouvi uma voz que me dizia:
'Saulo, Saulo, por que você está me perseguindo?' Então perguntei: 'Quem és tu,
Senhor?'. E ele respondeu: 'Eu sou Jesus, o Nazareno, a quem você persegue'."
(v. 6-8).
Paulo ficou sem
enxergar por três dias e experimentou uma mudança de 180 graus em suas atitudes.
Deixou de ser o mais enérgico inimigo do cristianismo para se tornar o seu mais
ardente defensor.
A experiência
de conversão de Paulo não pode ser explicada por um Jesus desfalecido segurando
uma tocha e usando sua "voz de Deus" no meio dos arbustos. Foi uma mostra
dramática do poder divino, em plena luz do dia, que mudou dramaticamente um
homem e o mundo para sempre.
Sexto erro:
vários autores não-cristãos confirmaram que Jesus morreu por crucificação.
Dentre eles, incluímos Josefo, Tácito, Talo e o talmude judaico. O
talmude judaico, por exemplo, diz que Yeshua (Jesus) foi pendurado num
madeiro na véspera da Páscoa. Essa não é considerada uma fonte favorável ao
cristianismo, de modo que não há razão para duvidar de sua
autenticidade.
Por essas e
outras razões, poucos estudiosos ainda acreditam na teoria do desfalecimento.
Simplesmente existem evidências demais contra ela.
Os discípulos
roubaram o corpo. A teoria de que os discípulos roubaram o corpo de Jesus não
pode apoiar a última opção dos céticos — a de que os autores do NT foram todos
enganados. Por quê? Porque a teoria faz que os autores do NT sejam os
enganadores, e não os enganados! Naturalmente, isso é um ataque frontal a todas
as evidências que vimos até aqui. A teoria presume a insustentável posição de
que os autores do NT eram todos mentirosos. Por alguma razão inexplicável,
roubaram o corpo com o objetivo de serem eles mesmos surrados, torturados e
martirizados! As pessoas que defendem essa teoria não podem explicar por que
qualquer pessoa faria isso. Por qual razão os discípulos embarcariam em tal
conluio de autodestruição? E por que todos eles continuaram a dizer que Jesus
ressuscitara dos mortos quando poderiam preservar sua vida ao se negarem a dar
seu testemunho?
Além do grave
conflito de interesse dos discípulos, os defensores dessa idéia não podem
explicar outros absurdos exigidos pela teoria. De que maneira, por exemplo, os
discípulos passaram pela guarda de elite romana que fora treinada para guardar o
túmulo com o penhor da própria vida? Se Jesus nunca ressuscitou dos mortos,
então quem apareceu a Paulo, a Tiago e às outras testemunhas oculares? Os
autores do NT mentiram sobre sua conversão também?
Paulo
simplesmente inventou as evidências encontradas em 1 Coríntios? E o que dizer
sobre os autores não-cristãos? Teria Josefo mentido sobre Tiago ter sido
martirizado pelo Sinédrio? Por acaso o escritor romano Flegon (nasc. c. 80 d.C.)
mentiu também quando escreveu suas Crônicas, em que diz: "Jesus, enquanto vivo, não foi de qualquer ajuda para si
mesmo, mas, quando ressuscitou depois da morte, exibiu as marcas de sua punição,
e mostrou de que maneira suas mãos foram perfuradas pelos pregos"? Seria
preciso mais do que um "milagre" para que tudo isso acontecesse, caso Jesus não
tivesse ressuscitado dos mortos. Não temos fé suficiente para
acreditar em tudo isso!
Como já vimos,
a noção de que os discípulos roubaram o corpo é exatamente a explicação que os
judeus ofereceram para justificar o túmulo vazio. Além do fato de os discípulos
não terem nenhum motivo ou habilidade para roubar o corpo, essa antiga
explicação judaica não foi uma boa mentira por duas outras razões: 1) como os
guardas adormecidos poderiam ter visto que os discípulos haviam roubado o corpo?
e 2) nenhum guarda romano se deixaria punir com a pena capital por ter dormido
no posto (talvez seja por isso, como registra Mateus, que as autoridades
judaicas tiveram de pagar os guardas e prometer que os livrariam de problemas
com o governador).
Em 1878, foi
feita uma fascinante descoberta arqueológica que corrobora a afirmação bíblica
de que os judeus estavam espalhando a versão do roubo. Uma placa de mármore de
38 cm por 60 cm foi descoberta em Nazaré com a seguinte inscrição:
“Decreto
de César: É meu prazer que tumbas e sepulturas permaneçam perpetuamente
imperturbadas por aqueles que as construíram para o culto aos seus ancestrais,
aos filhos ou aos membros de sua casa. Se, porém, qualquer um fizer acusação de
que outro as destruiu ou que, de alguma maneira, tenha extraído o sepultado, ou
o tenha maliciosamente transferido para outro lugar com o objetivo de fazer-lhe
mal, ou que tenha substituído o selo por um outro, contra este ordeno que seja
constituído um tribunal, tanto com relação aos deuses, como em relação ao culto
aos mortais. Pois é muito mais obrigatório honrar os sepultados. Que seja
absolutamente proibido a qualquer um perturbá-los. Em caso de violação, desejo
que o ofensor seja sentenciado à pena capital ou considerado culpado de violação
de sepulcro”
Os estudiosos
acreditam que esse edito foi promulgado pelo imperador Tibério, que reinou de 14
a 37 d.C. (durante a maior parte da vida de Cristo), ou pelo imperador Cláudio,
que reinou de 41 a 54 d.C. O aspecto notável desse dito é que ele transforma a
simples ação de saquear uma sepultura de um ato passível de multa para um ato
passível de pena de morte!
Por que o
imperador romano se importaria em promulgar um edito tão severo naquele momento,
numa área tão remota de seu Império? Embora ninguém saiba com certeza as razões
que levaram à promulgação desse edito, existem algumas possibilidades que
remetem a Jesus.
Se a inscrição
é de Tibério, então é provável que Tibério tenha ouvido falar de Jesus com base
em um dos relatórios anuais que Pilatos teria feito. Justino Mártir afirma que
foi isso o que aconteceu. Pode ter sido incluída nesse relatório a explicação
judaica para o túmulo vazio (os discípulos roubaram o corpo), levando Tibério a
impedir qualquer "ressurreição" futura daquele edito.
Se a inscrição
é de Cláudio, então o edito pode ter sido parte de sua resposta às revoltas que
aconteceram em Roma no ano 49 d.C. Lucas menciona em Atos 18.2 que Cláudio
expulsou os judeus de Roma. Isso é confirmado pelo historiador romano Suetônio,
que nos diz que "porque os judeus em Roma causavam perturbações contínuas em
função da instigação de Crestos, ele [Cláudio] os expulsou da cidade" (Crestos é
uma variante do nome Cristo).
Qual a relação
entre Cristo e as revoltas judaicas em Roma? Talvez Roma tivesse experimentado o
mesmo curso de fatos ocorridos em Tessalônica basicamente no mesmo período. Em
Atos 17, Lucas registra que houve um "tumulto" em Tessalônica quando os judeus
ficaram com inveja' porque Paulo estava pregando que Jesus ressuscitara dos
mortos. Aqueles judeus reclamaram com os oficiais da cidade, dizendo: "Esses homens, que têm causado alvoroço por todo o mundo,
agora chegaram aqui [ ... ]. Todos eles estão agindo contra os decretos de
César, dizendo que existe um outro rei, chamado Jesus" (v.
6,7).
Se foi isso o
que realmente aconteceu em Roma, então Cláudio não estava feliz com o grupo que
agia contra os seus decretos e que seguia outro rei. Uma vez que já tinha
conhecimento dessa nova seita rebelde nascida entre os judeus que acreditavam
que seu líder havia ressuscitado, é possível que tenha expulsado todos os judeus
de Roma e transformado a violação de sepulturas em crime capital.
Qualquer uma
dessas duas possibilidades poderia explicar o tempo, o local e a severidade do
edito. Contudo, mesmo que o edito não estivesse ligado ao túmulo vazio
de Cristo, já temos boas evidências de que os judeus propagaram a hipótese do
roubo (v. capo anterior). A questão principal é que a hipótese do roubo foi uma
admissão tácita de que o túmulo estava realmente vazio. Além do mais, por
que os judeus inventariam uma explicação para o túmulo vazio se o corpo de Jesus
ainda estivesse ali?
Um substituto
assumiu o lugar de Jesus na cruz. Essa é a explicação apresentada pelos
muçulmanos hoje — Jesus não foi crucificado, mas alguém — como Judas, por
exemplo — foi morto em seu lugar. O Alcorão faz a seguinte afirmação
sobre Jesus:
“Eles não o mataram, não o crucificaram, mais tudo foi
feito para que lhes parecesse assim, e aqueles que discordam desse aspecto estão
cheios de dúvidas sem conhecimento (correto), mas apenas conjeturas para seguir,
pois com certeza eles não o mataram: não, Alá o ressuscitou para si mesmo; e Alá
é Exaltado em Poder, Sábio” (surata 4.157,158).
Desse modo, de
acordo com o Alcorão, parece que Jesus foi crucificado e que Alá o
levou diretamente para o céu.
Existem muitos
problemas com essa teoria, sem contar que simplesmente não existe evidência
alguma que a apóie. Essa afirmação do Alcorão foi escrita mais de 600
anos depois da vida de Jesus. De que maneira isso pode ser considerado uma fonte
mais autorizada sobre a vida de Jesus do que os relatos das testemunhas
oculares? Essa teoria contradiz todo o depoimento das testemunhas oculares e o
testemunho das fontes não-cristãs.
Além do mais,
essa teoria levanta mais perguntas do que respostas. Devemos acreditar que a
multidão de testemunhas que presenciou algum aspecto da morte de Jesus — os
discípulos, os guardas romanos, Pilatos, os judeus, a família e os amigos de
Jesus — estava toda errada sobre quem fora morto? De que maneira tantas
pessoas poderiam estar erradas quanto a uma simples identificação? Isso é o
mesmo que dizer que Abraham Lincoln não foi a pessoa assassinada ao lado de sua
esposa numa noite de abril de 1865 no Teatro Ford. Estaria Mary Lincoln errada
sobre o homem que estava sentado ao seu lado? O guarda-costas de Lincoln estava
errado sobre quem ele estava guardando? Todas as outras pessoas estavam erradas
sobre a identidade do presidente também? Não se pode acreditar nisso.
Existem muitas
outras perguntas levantadas por essa teoria. Se Jesus não foi morto, então por
que o túmulo do homem que realmente foi morto foi encontrado vazio? Por
acaso devemos acreditar que o substituto ressuscitou dos mortos? Se foi
assim, de que maneira ele o fez? Devemos acreditar que todos os historiadores
não-cristãos estão errados sobre a morte de Jesus? E o que devemos fazer com a
admissão judaica da morte de Jesus? Estaria o talmude errado ao dizer
que Jesus foi pendurado num madeiro na véspera da Páscoa? Em resumo, devemos
acreditar que todas as pessoas do século I estavam erradas sobre
tudo?
É preciso
questionar uma teoria surgida 600 anos depois dos fatos e que pede a você para
acreditar que todas as evidências do século I estão erradas. A verdade é que
essa teoria contradiz a maioria dos 12 fatos nos quais praticamente todos os
estudiosos acreditam (v. o início deste capítulo). Tal como outras teorias
alternativas, essa está construída sobre mera especulação, sem nem mesmo uma
partícula de comprovação que possa apoiá-la. Portanto, não temos fé
suficiente para acreditar nela.
A fé dos
discípulos levou-os à crença na ressurreição. John Dominic Crossan é o
co-fundador do grupo de estudiosos e críticos de extrema esquerda que chamam a
si mesmos de o "Seminário de Jesus". Eles decidiram que apenas 18% dos dizeres
atribuídos a Jesus nos evangelhos são autênticos. Não apresentam nenhuma
evidência real para o seu ceticismo, apenas teorias especulativas sobre como a
fé dos discípulos levou-os à sua crença na ressurreição e em tudo mais no
NT.
Essa teoria foi
levantada exatamente durante o debate que Crossan teve com William Lane Craig
sobre a ressurreição de Jesus. Crossan apresentou a teoria de que os discípulos
inventaram a história da ressurreição porque eles "pesquisaram nas Escrituras"
depois de sua morte e descobriram que "a
perseguição, se não a execução, era muito semelhante a uma espécie de descrição
de função dos eleitos de Deus".
Todo o debate
de duas horas girou em torno da resposta de Craig. Ele disse:
"Certo.
Isso surgiu depois de terem presenciado as aparições da ressurreição [
... ]. A fé dos discípulos não levou às aparições [da ressurreição], mas
foram as aparições que levaram à sua fé; depois disso é que eles foram
pesquisar nas Escrituras".
O fato é que os
discípulos assustados, amedrontados e céticos não inventariam uma história de
ressurreição e depois sairiam por aí dispostos a morrer por isso.
Em terceiro
lugar, antigas fontes não-cristãs sabiam que os autores do NT não estavam
apresentando relatos míticos. Como observa Craig L. Blomberg, "os antigos críticos judaicos e pagãos da ressurreição
entenderam que os autores dos evangelhos estavam fazendo afirmações históricas,
não escrevendo mitos ou lendas. Eles simplesmente discutiam a plausibilidade
dessas afirmações".
Em quarto
lugar, nenhum mito grego ou romano falou da encarnação literal de um Deus
monoteísta numa forma humana (cf. Jo 1.1-3,14), por meio de um nascimento
virginal (Mt 1.18-25), seguido por sua morte e ressurreição física. Os gregos
eram politeístas, e não monoteístas como os cristãos do NT. Além do mais, os
gregos acreditavam na encarnação em um corpo mortal diferente; os cristãos do NT
acreditavam na ressurreição do mesmo corpo físico que se tornava
imortal (cf. Lc 24.37; Jo 9.2; Hb 9.27).
Em quinto
lugar, o primeiro paralelo real de um deus que morre e ressuscita só aparece
depois do ano 150 d.e, mais de cem anos depois da origem do
cristianismo. Desse modo, se houve qualquer influência de um sobre o outro, foi
a influência do fato histórico do NT sobre a mitologia, e não o
inverso.
O único relato
conhecido de um deus sobrevivendo à morte que seja anterior ao cristianismo é o
culto egípcio ao deus Osíris. Nesse mito, Osíris é cortado em 14 pedaços,
espalhado por todo o Egito e, depois, remontado e trazido de volta à vida pela
deusa Ísis. Contudo, Osíris não volta realmente à vida física, mas torna-se
membro de um submundo de sombras. Como observam Gary Habermas e Michael Licona,
"isso é muito diferente do relato da ressurreição de Jesus, no qual ele é o
gloriosamente ressurreto Príncipe da vida que foi visto por outros na terra
antes de sua ascensão ao céu".
Por fim, mesmo
se existirem mitos sobre deuses morrendo e ressuscitando que sejam anteriores ao
cristianismo, isso não significa que os autores do NT copiaram esses mitos. A
série de TV de ficção científica Jornada nas estrelas precedeu o
programa norte-americano do ônibus espacial, mas isso não significa que as
reportagens de jornal sobre as missões do ônibus espacial são influenciadas
pelos episódios de Jornada nas estrelas! É preciso olhar para a
evidência de cada relato para ver se é histórico ou mítico. Não há testemunhas
oculares ou evidências que corroborem a historicidade da ressurreição de Osíris
ou de qualquer outro deus pagão. Ninguém acredita que eles sejam realmente
figuras históricas. Contudo, como vimos, existem fortes evidências de
testemunhas oculares que corroboram a historicidade da morte e da ressurreição
de Jesus Cristo.
À luz de todas
as evidências positivas da ressurreição, os céticos devem mostrar evidências
positivas originárias do século I para suas visões alternativas. Uma coisa é
inventar uma teoria alternativa da ressurreição; outra é encontrar evidências do
século I para ela. Uma teoria não é uma evidência. É sensato exigir evidências,
não apenas teoria. Qualquer um pode inventar uma teoria para explicar um fato
histórico qualquer. Por exemplo: você acreditaria numa história que afirmasse
que todo o material filmado nos campos de concentração do Holocausto fora
encenado e fabricado por judeus com o objetivo de angariar simpatia e apoio para
um Estado judeu?
É claro que
não, porque isso vai de encontro a todas as evidências conhecidas. Para serem
levados a sério, aqueles que propõem tal teoria devem apresentar relatórios
dignos de crédito e independentes de testemunhas oculares, além de outras
evidências corroborantes, para irem na direção oposta aos inúmeros relatos que
dizem que o Holocausto foi real e que foi realmente perpetrado pelos nazistas.
Mas não existe nenhuma dessas contra-evidências.
Esse é o caso
da ressurreição. Embora os céticos tenham formulado diversas teorias
alternativas para desacreditar a ressurreição, não há evidência de alguma fonte
do século I que apóie qualquer uma dessas teorias. A única teoria que é até
mesmo mencionada por uma fonte do século I (os discípulos roubaram o corpo) vem
de Mateus e é claramente identificada como mentira. Ninguém do mundo antigo —
nem mesmo os inimigos do cristianismo — deu uma explicação alternativa
plausível para a ressurreição. Muitas das teorias alternativas
formuladas nos 200 anos seguintes estão baseadas no anti-sobrenaturalismo. Uma
vez que os estudiosos modernos eliminam filosoficamente os milagres logo de
início, eles inventam explicações ad hoc para desacreditar a
ressurreição. Como vimos, suas explicações ad hoc contêm inúmeros
absurdos e improbabilidades.
Deveríamos
perguntar àqueles que possuem teorias alternativas para a ressurreição: "Que
evidências você tem para sua teoria? Por favor, poderia citar três ou quatro
fontes do século I que apóiem sua teoria?". Quando os céticos honestos se vêem
diante dessa pergunta, normalmente respondem com o silêncio ou admitem de modo
gaguejante que não possuem tais evidências, porque elas não existem. E não é
apenas a ressurreição que os céticos precisam explicar. Também precisam explicar
os outros 35 milagres que as testemunhas oculares associaram a Jesus. Devemos
acreditar que os quatro autores dos evangelhos foram todos enganados acerca de
todos aqueles milagres, bem como sobre a ressurreição de Jesus?
Essa teoria de
engano em massa precisa de evidência. Possuímos alguma outra fonte do século I
que ofereça uma explicação diferente para as obras de Jesus? A única que foi
descoberta (e que provavelmente é do século 11 é o talmude judaico, que
admite que Jesus realizou atos incomuns dizendo que ele "praticava feitiçaria'.
Mas essa explicação é tão fraca quanto a explicação judaica para a ressurreição
(os discípulos roubaram o corpo). Talvez a feitiçaria pudesse explicar
alguns dos "milagres" de Jesus, mas o que dizer de todos os 35?
Feiticeiros e mágicos não podem realizar o tipo de ato que se diz que Jesus
realizou — ressuscitar mortos, dar vista a cegos, caminhar sobre as águas, e
assim por diante.
Desse modo, se
não existe nenhuma evidência antiga para esse engano coletivo, devemos aceitar
os milagres do NT como são apresentados? Por que não? Vivemos num Universo
teísta, onde milagres são possíveis. Embora seja verdade que não tenhamos
confirmação independente para todos os milagres do NT (porque alguns são
mencionados por apenas um autor), certamente temos múltiplas confirmações de
muitos deles (até mesmo a ressurreição de Jesus). A quantidade de milagres de
Jesus citados por fontes independentes é grande demais para que eles sejam
eliminados como se fossem um grande engano. Uma pessoa pode ser enganada uma
vez, mas não é possível que vários observadores sejam enganados
repetidamente.
O estudioso
alemão Wolfgang Trilling escreve: "Estamos
convictos e consideramos historicamente correto que Jesus de fato realizou
milagres [ ... ]. Os relatos de milagres ocupam tanto espaço nos evangelhos que
é impossível que tudo isso pudesse ter sido subseqüentemente inventado ou
transferido para Jesus".
William Lane
Craig conclui: "O fato de que a obra miraculosa
pertence ao Jesus histórico não é mais discutido". Ou seja, os milagres
não são discutidos com bases históricas, mas apenas com bases
filosóficas.
O mais
importante é que existem muitos milagres e muito testemunho para se acreditar
que todas as testemunhas oculares erraram todas as vezes. Com respeito à
ressurreição, todas as teorias alternativas possuem erros fatais e temos fortes
evidências circunstanciais e de testemunhas oculares de que Jesus realmente
ressuscitou dos mortos. Em outras palavras, não apenas carecemos de uma
explicação natural para o túmulo vazio, mas temos evidências positivas da
ressurreição. A explicação que exige a menor quantidade de fé é a
de que Jesus realmente realizou milagres e realmente ressuscitou dos mortos como
havia predito anteriormente. Desse modo, não temos fé suficiente
para acreditar que os autores do Novo Testamento foram todos
enganados.
Extraído
do livro: “Não tenho fé suficiente para ser ateu”, de Norman Geisler e
Frank Turek.
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