"O desejo de Deus é um sentimento inscrito no coração do homem, porque o homem foi criado por Deus e para Deus. Deus não cessa de atrair o homem para Si e só em Deus é que o homem encontra a verdade e a felicidade que procura sem descanso” (Catecismo da Igreja Católica, nº. 27). Verificamos que a vocação à qual Deus nos chama, desde o momento da nossa concepção até a nossa morte, é precisamente o encontro com a verdade e possessão da felicidade: Deus.
Amar é a vocação de todos os homens desde o primeiro momento da criação (cf. At
17, 26-28). “Esse é o meu mandamento: que ameis uns aos outros assim como eu vos
tenho amado” (Jo 15, 12). Esse mandato também faz parte do nosso chamado: amar
os homens, nossos irmãos em Cristo, como Deus os ama. Agora, podemos resumir o
significado da realidade que a palavra vocação expressa: amar a Deus e os
homens, encontrar a verdade e ser felizes. Realizar-se,
realizando-se.
Se isso é vocação, então por que se fala dela somente no sentido de vida
consagrada ou sacerdotal?
O uso comum da palavra vocação se refere ao seguimento específico da Vocação, ou seja, o modo em que seguimos o chamado da nossa existência. Daí, vêm os possíveis caminhos ou maneiras, ou seja, vocações, de seguir a Vocação (aquela mais ampla que referimos anteriormente): o sacerdócio, o matrimônio, a vida religiosa e consagrada e a vida de solteiro.
O uso comum da palavra vocação se refere ao seguimento específico da Vocação, ou seja, o modo em que seguimos o chamado da nossa existência. Daí, vêm os possíveis caminhos ou maneiras, ou seja, vocações, de seguir a Vocação (aquela mais ampla que referimos anteriormente): o sacerdócio, o matrimônio, a vida religiosa e consagrada e a vida de solteiro.
Após essa breve e simples exposição sobre em que consistem a Vocação e as
vocações, uma dúvida não pode passar despercebida: como se discerne o caminho ou
a maneira como Deus quer que eu O responda e O siga? Como discernir, com a minha
vida atarefada e corrida, a vocação específica a que Deus me chama? A resposta
é: oração. Mas por que a oração? Uma coisa tão chata? Tão seca? Não seria melhor
pesquisar no google?
Deus é quem chama.
Se Ele chama temos que escutá-Lo de alguma maneira. Como? Onde? “O homem anda a
procura de Deus. Pela criação, Deus chama todos os seres do nada à existência”.
“Mas é Deus que primeiro chama o homem”. “À medida que Deus Se revela e revela o
homem a si mesmo, a oração surge como um apelo recíproco, um drama de aliança”.
(Catecismo da Igreja Católica, nº 2566-2567). É na oração, onde nós encontramos
o Deus que nos procura num apelo mútuo. Por um lado, fomos criados para amar e
buscamos a melhor maneira de saciar este desejo. Por um outro lado, Deus quer
nos saciar e espera que nós vamos até Ele na Eucaristia, nas orações organizadas
na paróquia, num grupo de oração e, sobretudo no nosso dia-a-dia quando na nossa
consciência, o recanto mais profundo da nossa intimidade, escutamos aquela voz:
“Onde estás?” (Gn 3, 9) e respondemos: «Eis que venho, [...] ó Deus, para fazer
a tua vontade» (Heb 10, 7).
Pe.Emílio
Carlos Mancini







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